Dedé Roriz: França, pra começar: qual é o objetivo do “Política do Bem”?
Luiz França: “Mostrar que Brasília e o Brasil têm políticos, ações e projetos do bem — dar voz a quem trabalha de verdade, com transparência.”
Dedé: Podemos + PSDB: é fusão mesmo? Em que pé está?
França: “As conversas avançaram bastante. A ideia é fusão, não incorporação. A decisão precisa sair até o fim do calendário combinado entre as siglas.”
Dedé: Qual a diferença prática entre fusão, incorporação e federação?
França: “Federação é união antes da eleição, incorporação é quando um partido engole o outro, e fusão desmonta os dois para criar um novo partido.”
Dedé: Em números: o que muda ao juntar as bancadas?
França: “A soma projeta um dos maiores fundos eleitorais do país — salta para o top-6, encostando no MDB e superando Republicanos.”
Dedé: Brasília: como fica a relação com o governo Ibaneis/Celina?
França: “Podemos-DF está na base. A tendência é manter alinhamento programático e construir juntos as chapas de distrital e federal.”
Dedé: E o nome do novo partido?
França: “Está em aberto. Há quem defenda um nome novo, há quem prefira preservar marcas históricas. O essencial é conteúdo e competitividade, não a sigla.”
Dedé: Tarifa Zero no Entorno: qual é a proposta?
França: “Instituir tarifa zero no transporte metropolitano DF–Entorno, com estudo técnico via Instituto Rumo Certo DF e abaixo-assinado popular. Se há dinheiro para salvar banco, tem que haver para o trabalhador chegar ao emprego.”
Dedé: De onde viria o recurso?
França: “Repriorização orçamentária, arranjos intergovernamentais e revisão de subsídios. Com liderança política, tudo é possível.”
Dedé: Quais bandeiras você quer levar pro debate?
França: “Saúde mental, igualdade racial, autismo e causa animal. São temas urgentes, que atravessam todas as classes e pedem política pública efetiva.”
Dedé: Você será pré-candidato em 2026?
França: “Coloco meu nome como pré-candidato a deputado federal, entendendo a necessidade da nominata e as metas legais do partido.”
Dedé: Sobre majoritária no DF: tem desenho?
França: “O campo natural do Podemos no DF é a centro-direita. Se houver chapa com Celina Leão e Ibaneis, vamos postular espaço na majoritária — seja vice, senadores ou suplências.”
Dedé: Fala-se em Michelle Bolsonaro ao Senado. E suplência?
França: “Se esse cenário se confirmar, o Podemos postulará a 1ª suplência em uma das vagas. O nome natural citado é Cristian Viana, secretário do Entorno e presidente do Podemos-DF.”
Dedé: Nacional 2026: Lula x Bolsonaro ou uma via alternativa?
França: “No DF estaremos com a direita. Nacionalmente, com a fusão, uma candidatura como Eduardo Leite pode organizar o centro-direita no 1º turno. Com o PT, não há hipótese de aliança eleitoral.”
Dedé: E o episódio Reguffe? Ficou mágoa?
França: “Não. Foi uma estratégia colegiada que não se materializou. Reguffe é um quadro respeitável. Política é jogo de cenários; bola pra frente.”
Dedé: Mensagem final ao eleitor do DF e do Entorno.
França: “Não terceirize a democracia. Informe-se, participe, cobre. Saúde mental, igualdade racial, TEA e proteção animal precisam sair do discurso e virar política pública. A gente está aqui pra construir — com você.”
Assista a entrevista abaixo