Apresentação
Dedé Roriz: Estamos com o Dr. Gustavo Rocha, chefe da Casa Civil do DF, jurista reconhecido nacionalmente e pré-candidato a vice na chapa da governadora Celina Leão em 2026.
Trajetória e formação
Pergunta — Dedé: Quem é o Gustavo Rocha e como surgiu a carreira de professor?
Gustavo Rocha: Sou professor desde 1998. Eu era um aluno reservado, estudioso. Fui convidado a dar uma aula no UniCEUB; ao final, o professor disse que foi a melhor apresentação que viu e me incentivou a seguir a docência.
Pergunta — Odir: Você sempre quis o serviço público?
Gustavo: Sempre quis ser advogado. Entrei no Banco do Brasil com 14 anos (antes da CF/88), fiquei de 1987 a 1998. Estudava Economia na UnB e Direito no UniCEUB. Saí no PDV para me dedicar à advocacia.
Pergunta — Dedé: Quando chegou a Brasília?
Gustavo: Em 1975. Nasci em Belo Horizonte (1973). Meu pai veio para Brasília trabalhar. Sou brasiliense de coração.
Funções públicas e experiência
Pergunta — Dedé: Quais cargos você já ocupou?
Gustavo: Fui conselheiro do CNMP (indicado pela Câmara), subchefe para Assuntos Jurídicos da Presidência, ministro dos Direitos Humanos, e depois membro da Comissão de Ética da Presidência. No GDF, fui secretário de Justiça e hoje sou chefe da Casa Civil.
Pergunta — Odir: O que faz a Casa Civil?
Gustavo: É o centro de integração do governo. Junta secretarias, resolve impasses, dá liga às políticas públicas. É a última linha de proteção do governador para garantir entregas.
Pergunta — Dedé: Como você lida com crises?
Gustavo: Com transparência e informação. Estive à frente na pandemia, dengue, greve de caminhoneiros, migração venezuelana. O governo não resolve sozinho; precisa da população informada.
População em situação de rua
Pergunta — Dedé: Por que você assumiu essa pauta?
Gustavo: Por experiência no Ministério. Com a decisão do ministro Alexandre de Moraes suspendendo remoções até um plano nacional, propus um plano local para o DF (cada cidade tem sua realidade). Saímos do “empurra-problema” e passamos a inserção produtiva.
Pergunta — Odir: Como funciona na prática?
Gustavo: Capacitação via Secretaria de Trabalho; cota de 2% de contratações públicas para pessoas egressas da rua (ex.: ~90 pessoas no SLU). Há vagas sociais em secretarias. E restaurante comunitário é gratuito para quem está cadastrado em programa social do GDF.
Política, vice e 2026
Pergunta — Dedé: Como você virou o nome para vice da Celina?
Gustavo: Foi natural. Nunca busquei candidatura. O nome surgiu numa construção do governador Ibaneis, da governadora Celina e do presidente Marcos Pereira (Republicanos). Conversei com a Celina primeiro; ela concordou.
Pergunta — Odir: Você está empolgado? Vai mudar o perfil para a campanha?
Gustavo: Não mudo o perfil. Sou técnico, objetivo. Minha bandeira é gestão eficiente.
Pergunta — Dedé: Vai acumular Casa Civil e vice?
Gustavo: É discussão para o tempo certo. Hoje, sigo como chefe da Casa Civil até a janela de desincompatibilização. A ideia é sair em abril (seis meses antes da eleição).
Pergunta — Odir: Você pensa em assumir o governo se a Celina renunciar em 2030?
Gustavo: É muito cedo. Estamos na pré-candidatura. Cenários mudam.
Relações institucionais
Pergunta — Dedé: Como é o diálogo com a Câmara Legislativa?
Gustavo: Franco com base e oposição. Digo sim quando dá, não quando não dá — e explico o porquê. Isso gera confiança e acelera as políticas públicas.
Pergunta — Odir: E com o Judiciário e MP?
Gustavo: Relação de respeito técnico. Minha carreira na advocacia e na Presidência ajuda a dar segurança jurídica ao governo.
GDF, obras e entregas
Pergunta — Dedé: Por que tanta obra?
Gustavo: O governador Ibaneis revolucionou a cidade, reorganizou o DF após anos difíceis. A prova foi a reeleição em 1º turno (inédita). Mané Garrincha deixou de ser “elefante branco” e virou arena viva. Obras e social caminham juntos.
Filiação e vida pessoal
Pergunta — Odir: É sua primeira filiação partidária?
Gustavo: Sim, ao Republicanos. Convite do Marcos Pereira (fomos ministros juntos). Quero que seja a primeira e única.
Pergunta — Dedé: Família e raízes?
Gustavo: Casado com Marcela Passamani há 26 anos; dois filhos (um médico em formação; outro no Direito). Minha mãe, devota de Nossa Senhora de Fátima, faleceu dois dias após receber o título de Cidadã Honorária — momento muito marcante.
Pergunta — Odir (bastidores): Verdade que você é “fiscal” de obra e restaurante?
Gustavo: (risos) Eu ando, vejo e cobro. Se tem problema, ligo na hora para resolver. Comida simples, caseira; almoço no escritório para manter a rotina.
Encerramento
Pergunta — Dedé: Faltou algo? Qual a mensagem final?
Gustavo: Gestão eficiente, técnica, humana e transparente. Seguirei com o mesmo perfil: resolver problemas e melhorar a vida das pessoas.
Créditos & Publicação
Entrevista por Dedé Roriz e Odir Ribeiro no Podcast Política do Bem.
Conteúdo também no Portal Política do Bem, Rádio Corredor e Jornal Capital Federal.
Podcast completo abaixo: